sábado, 31 de maio de 2008

"Pushing Daisies"


Essa série da Warner trata o tema do amor com uma sensibilidade fascinante. E isso sob uma bem-urdida trama quase boba de investigação criminal. E as cores vivas e imaginação poderosa e suave a um só tempo só reforçam o clima de mágica fantasia do amor - e da série, por tabela.

Agora, que danado quer um marmanjo todo errado como eu falando de amor? Eu queria era falar da série, que pra mim é espetacular, e não tem como falar dela sem falar de amor, ora pois. Assim justificado, e supondo ter com isso salvado a imagem da minha inquestionável virilidade, toquemos em frente este confuso comentário.

Na série, o protagonista, Ned (provável anagrama de NDE - "near death experience"), descobre na infância que tem o poder de, com um toque, ressucitar pessoas, animais, frutas podres, enfim, qualquer coisa antes viva. O foda é que, com o toque seguinte, ele devolve à morte aquilo que ressucitou antes, e dessa vez sem jeito de verdade.

Pois bem: acaba que ele finda ressuscitando seu primeiro - e único - amor, desde a infância separado dele, a mimosa Chuck. E Chuck também o ama, mesmo sem poder tocá-lo de jeito nenhum. E assim eles vão, sem poder consumar esse amor, nem por isso menos verdadeiro - e talvez por isso mais puro e nobre.

Ocorre que os dois são felizes assim, e tudo contornam com uma pureza cativante. Interessante que, deixando todas as bobeiras que juntam e afastam de lado, tão comuns em relacionamentos normais, o deles prossegue justamente na ausência do contato físico. Ficam evidenciadas, no caso deles, somente as coisas que realmente aproximam e afastam. Interessante aquela cena em que eles findam dançando com roupas de apicultura no teto de um prédio onde criam abelhas. Muito show, a série.

Um comentário:

DÉBORA disse...

É por essas e outras que eu detesto ter tirado Tv a cabo lá de casa!
A série parece interessante mesmo ^^

Bjs