sábado, 21 de junho de 2008

Por que nascem as estrelas?




E se esse nosso mundinho for o resultado de um violento e dramático choque de estrelas, com a explosão e fusão de ambas nesse nosso Sol? E se a poeira restante tiver formado mesmo esse bando de planetas, luas, asteróides e cometas que formam o nosso familiar sistema solar?

E se a vida for a conseqüência natural das condições ideais de acúmulo de compostos químicos sob a influência oportuna de determinadas condições de temperatura e pressão? E se a inteligência humana não for mais do que o resultado de uma sucessão de bem-sucedidas mutações genéticas, que prosperaram e se perpetuaram, e acumularam vantagens sobre vantagens em decorrência da seleção natural dos espécimes mais aptos, mais adaptados a superar as dificuldades impostas pelo acaso?

E se a propensão humana às ciências, às artes e à fé não passarem de uma espécie de programação do nosso cérebro, que nos impulsiona a imaginar sempre, criar sempre, ter fé e esperança sempre, numa busca incessante e impossível pela Eternidade – suprema amplificação da vida, aquela “busca da vida por si mesma” de que fala o Poeta Drummond?

E se essa nossa crença em um “Ser Superior” não for mais do que o resultado bem calculado pela inteligência infinitamente superior daquele ET que primeiro empurrou uma estrela na outra, e começou esse delicioso caos arquitetado, já com a intenção também de perpetuar-se, ou de começar um universo melhor do que aquele que ele tinha? Vai que ele achou de calcular tudo isso de tal forma que findasse n’agente crendo em um Deus, por ter chegado à conclusão de que era melhor ter que crer em algo além de nós mesmos?

E se esse ET também estiver buscando a explicação de tudo? E se ele já souber as respostas? E se ele houver descoberto as respostas, mas não a eternidade? E se estivermos fadados a repetir aquele ET? E se ele quis que o fizéssemos, pra começo de conversa? E se, de cada ET (ou Deus), surgiu (e surgirá) um Outro, melhorado mas ainda incompleto, ad infinitum?

E se, assim, tivermos, cada um de nós, um tantinho de deuses, a herança infinitamente ancestral e eterna de uma Busca perpétua, que sempre termina em nós mesmos?

Um comentário:

Unknown disse...

Caraleo!
Se até o universo é tido como infinito, pq nao nós? Tb poderiamos, ou nao? O.o